Pedro de Alcântara Filho, o Xerém, nasceu em Baturité, no estado do
Ceará no dia 05 de agosto de 1911 e faleceu em 1982 no Rio de
Janeiro/RJ.
José Antônio Vono Filho, o Bentinho, nasceu em Santa Rita de Sapucaí, no estado de Minas Gerais, no dia 20 de abril de 1914.
A veia artística de Pedro se fez presente já na infância, quando ele integrava a "Troupe do Pequeno Edson", nos anos 20. Seu pai era Maestro na Marinha e sempre incentivou o filho a seguir a carreira artística.
Com apenas 23 anos de idade, Pedro trocou o Ceará pelo Rio de Janeiro e, começou a se destacar como exímio gaitista na Rádio Mayrink Veiga. E, com sua irmã Nadir, Pedro formou a dupla "Xerêm e Tapuia", que se apresentou de início na Rádio Tupi e mais tarde foi efetivada no programa "Festa na Roça", que era apresentado por Ariowaldo Pires, também conhecido como Capitão Furtado.
Xerém e Tapuia gravaram na Víctor o primeiro disco 78 RPM em 1937, com as músicas "Quadria no Arraiá" e "Forró na Roça".
Em 1938, com o casamento de Nadir, a dupla Xerém e Tapuia se desfez e, em 1939, Pedro passou a cantar em dupla com José Antônio Vono Filho, formando a dupla "Xerém e Bentinho", que estreou em disco no mesmo ano.
José Antônio havia se mudado de Santa Rita do Sapucaí para o Rio de Janeiro, onde foi estudar Química Industrial.
No início, ele se hospedou na residência de Nelson Gonçalves, visto que o cantor era amigo de seu irmão mais velho, o médico cardiologista Vicente Vono que, por sua vez, era também humorista na Rádio Inconfidência de Belo Horizonte, onde interpretava o Compadre Belarmino, o primeiro humorista caipira do rádio brasileiro.
Bentinho mais tarde passou a residir na pensão do Seu Batista, que era o pai das cantoras Linda e Dircinha Batista. Nesse endereço, ele ficou até se formar.
Enquanto estudava Química Industrial, Bentinho teve, portanto, bastante contato com o meio artístico e pode desenvolver seu talento, paralelamente ao estudo.
Em 1938, Bentinho figurou no filme "Banana da Terra", junto com Linda e Dircinha Batista, Emilinha Borba, Carlos Galhardo, Orlando Silva, Aurora e Carmen Miranda. Foi nesse filme, por sinal, que Carmen Miranda apareceu pela primeira vez com o traje de baiana que a imortalizou inclusive na interpretação do sucesso "O que é que a Baiana Tem?", gravado em 1939 na Odeon, num dueto de Carmen com Dorival Caymmi.
No mesmo ano de 1938, Bentinho formou dupla com Alvarenga, quando Ranchinho havia deixado a dupla pela primeira vez.
Apesar do pouco tempo de duração, a dupla "Alvarenga e Bentinho" chegou a gravar alguns discos 78 RPM pela Odeon.
Em 1939, Ranchinho reapareceu e voltou a formar dupla com Alvarenga. Bentinho passou a cantar com Xerém, formando então a dupla Xerém e Bentinho.
E, em abril de 1939, a dupla Xerém e Bentinho gravou na Víctor o seu primeiro disco 78 RPM, com as músicas "Chapéu das Moças" e "Mariquita".
Bentinho foi sem dúvida o principal parceiro de Xerém e a dupla por eles formada lançou diversos discos, a grande maioria lançados pela Víctor. Um dos maiores sucessos de Xerém e Bentinho foi o calango "Avoa Jacutinga".
Em 1943 Xerém passou a cantar em dupla com o novo parceiro De Morais, e a dupla Xerêm e De Morais gravou o primeiro disco 78 RPM na Continental em junho de 1944, com as músicas "Lá Vai Balão" e "Saudades de Marianinha". A dupla gravou na Continental um total de 06 discos 78 RPM, entre junho de 1944 e dezembro de 1945.
E em 1954 Xerém reatou a dupla com Bentinho, com quem gravou mais alguns discos 78 RPM. Xerém e Bentinho gravaram um total de 35 discos 78 RPM.
No mesmo ano, a dupla passou a se apresentar no programa do Capitão Furtado, na Rádio Piratininga, na capital paulista. Foi um período no qual Xerém e Bentinho também se apresentaram em diversas cidades brasileiras.
A dupla durou até 1960 e, com o término da parceria com Bentinho, Xerém passou a apresentar o programa "Na Palhoça do Xerém", que foi ao ar em diversas emissoras de rádio. E Bentinho trocou o Rio de Janeiro por Belo Horizonte, onde passou a apresentar na Rádio Inconfidência o Programa "Bentinho no Sertão", até o dia em que se aposentou.
Em 1970, Xerém chegou a gravar um LP pela Brasidisc, no qual se destacaram as músicas "Palhoça do Xerêm", "Alvorada Sertaneja", "Quatro Namorados", "No Ceará Tem", "Retirantes do Ceará" e "Trem de Jequiá".
Xerém foi sem dúvida um artista completo. Na música, foi instrumentista, cantor e compositor.
Atuou também no cinema, tendo participado do filme "Abacaxi Azul" de J. Rui, em 1943, filme no qual contracenou com Lauro Borges, Castro Barbosa, Chocolate e a dupla Alvarenga e Ranchinho. Xerém participou também de "Fogo na Canjica" de Luís de Barros, em 1947, juntamente com Walter D’Avila, Jararaca e Ratinho e Zé Trindade. E Xerém participou ainda do filme "Eu Quero é Movimento", também do mesmo diretor Luís de Barros, no ano de 1949.
No Teatro de Revista, Xerém também atuou, na década de 30, em peças de Viriato Corrêa, Luis Peixoto e Ary Barroso, junto com renomados atores do quilate de Brandão Filho, Apollo Corrêa, Oscarito, Eva Todor e Dercy Gonçalves.
No Rádio, Xerém participou de programas em diversas emissoras no Rio de Janeiro em em São Paulo, tais como as Rádios Nacional, Mayrink Veiga, Tupi e Bandeirantes, ao lado de grandes nomes tais como Pixinguinha, Carmem Miranda, Cyro Monteiro, Orlando Silva, Lamartine Babo, Dorival Caymmi, Moreira da Silva, além de Jararaca e Ratinho e Alvarenga e Ranchinho.
E, na televisão, Xerém participou juntamente com Hebe Camargo do programa “A Noite é de Garbo”, em 1959. E, em 1962, Xerém participou do episódio "Tesouro Perdido" da inesquecível série "Vigilante Rodoviário".
José Antônio Vono Filho, o Bentinho, nasceu em Santa Rita de Sapucaí, no estado de Minas Gerais, no dia 20 de abril de 1914.
A veia artística de Pedro se fez presente já na infância, quando ele integrava a "Troupe do Pequeno Edson", nos anos 20. Seu pai era Maestro na Marinha e sempre incentivou o filho a seguir a carreira artística.
Com apenas 23 anos de idade, Pedro trocou o Ceará pelo Rio de Janeiro e, começou a se destacar como exímio gaitista na Rádio Mayrink Veiga. E, com sua irmã Nadir, Pedro formou a dupla "Xerêm e Tapuia", que se apresentou de início na Rádio Tupi e mais tarde foi efetivada no programa "Festa na Roça", que era apresentado por Ariowaldo Pires, também conhecido como Capitão Furtado.
Xerém e Tapuia gravaram na Víctor o primeiro disco 78 RPM em 1937, com as músicas "Quadria no Arraiá" e "Forró na Roça".
Em 1938, com o casamento de Nadir, a dupla Xerém e Tapuia se desfez e, em 1939, Pedro passou a cantar em dupla com José Antônio Vono Filho, formando a dupla "Xerém e Bentinho", que estreou em disco no mesmo ano.
José Antônio havia se mudado de Santa Rita do Sapucaí para o Rio de Janeiro, onde foi estudar Química Industrial.
No início, ele se hospedou na residência de Nelson Gonçalves, visto que o cantor era amigo de seu irmão mais velho, o médico cardiologista Vicente Vono que, por sua vez, era também humorista na Rádio Inconfidência de Belo Horizonte, onde interpretava o Compadre Belarmino, o primeiro humorista caipira do rádio brasileiro.
Bentinho mais tarde passou a residir na pensão do Seu Batista, que era o pai das cantoras Linda e Dircinha Batista. Nesse endereço, ele ficou até se formar.
Enquanto estudava Química Industrial, Bentinho teve, portanto, bastante contato com o meio artístico e pode desenvolver seu talento, paralelamente ao estudo.
Em 1938, Bentinho figurou no filme "Banana da Terra", junto com Linda e Dircinha Batista, Emilinha Borba, Carlos Galhardo, Orlando Silva, Aurora e Carmen Miranda. Foi nesse filme, por sinal, que Carmen Miranda apareceu pela primeira vez com o traje de baiana que a imortalizou inclusive na interpretação do sucesso "O que é que a Baiana Tem?", gravado em 1939 na Odeon, num dueto de Carmen com Dorival Caymmi.
No mesmo ano de 1938, Bentinho formou dupla com Alvarenga, quando Ranchinho havia deixado a dupla pela primeira vez.
Apesar do pouco tempo de duração, a dupla "Alvarenga e Bentinho" chegou a gravar alguns discos 78 RPM pela Odeon.
Em 1939, Ranchinho reapareceu e voltou a formar dupla com Alvarenga. Bentinho passou a cantar com Xerém, formando então a dupla Xerém e Bentinho.
E, em abril de 1939, a dupla Xerém e Bentinho gravou na Víctor o seu primeiro disco 78 RPM, com as músicas "Chapéu das Moças" e "Mariquita".
Bentinho foi sem dúvida o principal parceiro de Xerém e a dupla por eles formada lançou diversos discos, a grande maioria lançados pela Víctor. Um dos maiores sucessos de Xerém e Bentinho foi o calango "Avoa Jacutinga".
Em 1943 Xerém passou a cantar em dupla com o novo parceiro De Morais, e a dupla Xerêm e De Morais gravou o primeiro disco 78 RPM na Continental em junho de 1944, com as músicas "Lá Vai Balão" e "Saudades de Marianinha". A dupla gravou na Continental um total de 06 discos 78 RPM, entre junho de 1944 e dezembro de 1945.
E em 1954 Xerém reatou a dupla com Bentinho, com quem gravou mais alguns discos 78 RPM. Xerém e Bentinho gravaram um total de 35 discos 78 RPM.
No mesmo ano, a dupla passou a se apresentar no programa do Capitão Furtado, na Rádio Piratininga, na capital paulista. Foi um período no qual Xerém e Bentinho também se apresentaram em diversas cidades brasileiras.
A dupla durou até 1960 e, com o término da parceria com Bentinho, Xerém passou a apresentar o programa "Na Palhoça do Xerém", que foi ao ar em diversas emissoras de rádio. E Bentinho trocou o Rio de Janeiro por Belo Horizonte, onde passou a apresentar na Rádio Inconfidência o Programa "Bentinho no Sertão", até o dia em que se aposentou.
Em 1970, Xerém chegou a gravar um LP pela Brasidisc, no qual se destacaram as músicas "Palhoça do Xerêm", "Alvorada Sertaneja", "Quatro Namorados", "No Ceará Tem", "Retirantes do Ceará" e "Trem de Jequiá".
Xerém foi sem dúvida um artista completo. Na música, foi instrumentista, cantor e compositor.
Atuou também no cinema, tendo participado do filme "Abacaxi Azul" de J. Rui, em 1943, filme no qual contracenou com Lauro Borges, Castro Barbosa, Chocolate e a dupla Alvarenga e Ranchinho. Xerém participou também de "Fogo na Canjica" de Luís de Barros, em 1947, juntamente com Walter D’Avila, Jararaca e Ratinho e Zé Trindade. E Xerém participou ainda do filme "Eu Quero é Movimento", também do mesmo diretor Luís de Barros, no ano de 1949.
No Teatro de Revista, Xerém também atuou, na década de 30, em peças de Viriato Corrêa, Luis Peixoto e Ary Barroso, junto com renomados atores do quilate de Brandão Filho, Apollo Corrêa, Oscarito, Eva Todor e Dercy Gonçalves.
No Rádio, Xerém participou de programas em diversas emissoras no Rio de Janeiro em em São Paulo, tais como as Rádios Nacional, Mayrink Veiga, Tupi e Bandeirantes, ao lado de grandes nomes tais como Pixinguinha, Carmem Miranda, Cyro Monteiro, Orlando Silva, Lamartine Babo, Dorival Caymmi, Moreira da Silva, além de Jararaca e Ratinho e Alvarenga e Ranchinho.
E, na televisão, Xerém participou juntamente com Hebe Camargo do programa “A Noite é de Garbo”, em 1959. E, em 1962, Xerém participou do episódio "Tesouro Perdido" da inesquecível série "Vigilante Rodoviário".
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(Bentinho)
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PAGODE BOM
(Zequinhha Torres_Bentinho)
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SÃO JOÃO NA LUA
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SAUDANDO SÃO JOÃO
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PIOU O INHAMBÚ
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EU VOU CHORAR
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RODA MORENA
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GAVIÃOZINHO CARIJÓ
(Xerem-Bentinho)
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(Bentinho)
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